Tuesday, June 22, 2021

Faustão vs. Globo

 

Não tenho sombra de dúvidas para dizer que a Globo continua piorando de estado mental. Após baixar tanto o nível de seu jornalismo, fraudar duas edições seguidas do BBB dando margem para o feminismo, fraudar as eleições de 2020 colocando comunistas no segundo turno em São Paulo, Porto Alegre e Belém – este último tendo sucesso absoluto na fraude e elegendo um canalha sem pudor agora a treta da Globo Lixo é com o Faustão.

Como vocês sabem, o Faustão iria ficar na Globo até o final de 2021 – mais principalmente até às 19h59 do dia 26 de dezembro. Só que o Faustão teve problemas de saúde, e para substitui-lo a Globo decidiu colocar Tiago Waffle no lugar, inclusive narrando as Vídeo Cassetadas. Olhe só o que aconteceu depois! Achando que foi traída (quando a Globo é a própria traidora e infiel ao público, enquanto isso a China proíbe o João Kleber de testar a fidelidade de mulheres em seu programa na RedeTV!), resolve DEMITIR o Faustão e tira do ar as Vídeo Cassetadas. É inacreditável esta mirabolante ideia de encerrar o Domingão do Faustão muito mais cedo do que o normal, além disso, isso não é normal, estes diretores da Globo brincam pesado com Deus.

Agora sim, tenho coragem de dizer que Faustão será muito melhor na Band do que na Globo Lixo. Ele será mesmo páreo para o ENCRENCA com seu humor vindo de séries da Disney e da Nickelodeon, coisa que outros programas (Milton Neves apresentando o Show do Esporte, Orange is The New Black, filmes e uma temporada atípica de MasterChef) não foram. Desde o fim do Pânico no dia 31/12/2017, a Band sofre nas mãos do quarteto que se inspira em iCarly – e agora com o Faustão, este jogo vai mesmo virar, sabendo que o ENCRENCA marca no máximo de 4 a 5 pontos de audiência.

Enquanto isso, o que a Globo Lixo faz? Vai colocar o Luciano Huck, que já foi um bom apresentador no final dos anos 90 (na época da Band, onde trazia muita música e muita sensualidade com a Tiazinha e a Feiticeira) e nos anos 2000, nos domingos a tarde. Olha, infelizmente o Huck JÁ ERA. Depois que ele virou um especialista em política, manifestou apoio ao Sleeping Giants (criado por um casal hétero do PSOL = Partido Socialista Ordinário do Lúcifer) e começou a atacar o Bolsonaro, as lojas Havan (Luciano Hang) e pastores evangélicos como Silas Malafaia e Edir Macedo nas redes sociais – falando nisso, a Record pensava em contratar o Huck e o Faustão em 2009, e não conseguiu graças ao repúdio do Huck a emissora dos bispos da Viacom. Ou seja, vem aí o Domingão do Falastrão, apresentado pelo Huck, não tem mais jeito.

Só isso que eu tenho para comentar sobre o caso Faustão vs. Globo. Eu não quero nem mais desperdiçar minhas energias negativas contra esta emissora este mês, porque se não eu perco a cabeça. Tudo bem? Tchau!

Monday, June 21, 2021

Os trólebus do Metrô Santa Cruz (atualizado com novas informações)


Atualização da cronologia das linhas 775T, 577U e 6345, com novas informações. Começando...

1979 – Era aprovado o Plano Sistran pelo governo Olavo Setúbal, onde previa a aquisição de 1200 trólebus, ou seja, 450 articulados (mas infelizmente, ficou apenas nos dois trólebus articulados 8000 e 8001, embora dois veículos Mafersa tenham sido testados) e 750 padron. Neste plano, previa a instalação da linha Santo Amaro – Vila Mariana, que pegaria o corredor Ibirapuera – Vereador José Diniz. No entanto, o projeto NEM SAIU DO PAPEL, preferindo optar pela criação da linha Santo Amaro – Bandeira, hoje a 6500/10. O ramal entre Santa Cruz seria para Pinheiros, pegando trechos em ruas onde o ônibus a diesel não chegava (ou chegava, tanto que tínhamos a 775V?)

1982 – Início da operação da linha 775T Metrô Santa Cruz – Pinheiros, utilizando os Marcopolo San Remo Scania BR-116 e tração Tectronic. Não tenho tanta coisa para comentar desta época, até porque não era nascido nos anos 80.

1986 – Com a construção do corredor Santo Amaro – 9 de Julho no final do ano, os San Remo saem tanto da linha 6500 quanto da 775T. Ambas as linhas passaram a operar a DIESEL, enquanto o corredor era construído.

1987 – A linha 775T volta a operar com trólebus, desta vez com os Mafersa M210 Villares, seja a pintura do prefeito Mário Covas ou a pintura londrina do Jânio Quadros.

1992 – O primeiro governo petista, chato, apelão e corrupto demais, resolve fazer a bagunça. Apesar do governo ter sido a maior mentira que SP já conheceu, os trólebus continuavam operando na 775T, mas não na 9300 Terminal Casa Verde – Praça Ramos, que passou a operar com frota a diesel Marcopolo Torino Scania K112 e exclusivamente no Corredor Rio Branco.

1993 – Com Paulo Maluf eleito, começa a privatização da CMTC. Nesta época, o especialista Jorge Françozo de Moraes filma os Mafersas elétricos em ação no cruzamento entre a Santo Amaro e a rua Afonso Braz, na Av. IV Centenário e no ponto final no Metrô Santa Cruz, confirmando o detalhe que os trólebus ainda operavam neste ramal na gestão do Maluf. Adivinhem para onde a 775T foi? De acordo com um busológo extremamente nostálgico que é uma enciclopédia de linhas de ônibus, tendo um blog dedicado ao assunto, a linha passou a ser operada pela Transkuba ou pela Santa Madalena, esta última utilizando cabritos e monoblocos Mercedes-Benz O365 em sua operação. No final do ano, os trólebus são novamente retirados de circulação entre a Parada Afonso Braz (Corredor Santo Amaro) e o Metrô Santa Cruz, inclusive colocando em hiato a rede aérea das ruas Joaquim Floriano e Tabapuã, que vez ou outra nos anos 90 (pelo menos até o dia 30/05/1998), passa a ser utilizado para o PAESE elétrico da linha 637P Term. Santo Amaro – Pinheiros que na época era operada por ônibus a diesel. 

1995 – Em data incerta (provavelmente um sábado, já que a Prefeitura até hoje sempre faz anúncios de mudanças de linhas ou de obras neste dia), Maluf começa a fazer inversão de mãos em várias ruas da Vila Clementino (entre elas, as ruas Borges Lagoa e Pedro de Toledo, a primeira era sentido Ibirapuera e a segunda sentido Domingos de Moraes, não sei quanto a rua Loefgren). Com isso, a 775T é extinta, com a recém-fundada SPTrans alegando que as opções de linha são a 875C Lapa – Metrô Santa Cruz (existente ainda hoje) e a 775V Rio Pequeno – Praça da Árvore (em 1997, também foi encurtada no Santa Cruz, talvez por causa da Linha 1 Azul ajudar na demanda). A mesma coisa seria alegada pela Martaxa ao cancelar as linhas 577U e 6345 no futuro (ler abaixo), mas vamos para a era do Celso Pitta.

1998 – Depois de um hiato de aproximadamente 6 anos, em 30 de maio de 1998, o ramal entre Pinheiros e a Parada Juscelino Kubitscheck volta a ser operado por trólebus. Desta vez, a Viação Santo Amaro do lote 67 assume a linha 637P, que passa a ser operado por 23 veículos Neobus Mega Evolution Mercedes-Benz O371 UL e tração Gevisa (os 14 restantes ou eram veículos de reserva técnica ou operavam nas linhas 6500 e 2001 Term. Princesa Isabel – Term. Bandeira). Pitta, que mostrou que era o único que podia investir em trólebus ao lado do Maluf (futuramente o Kassab, conhecido pelo bordão de Vagabundo dito a um homem que protestava contra a Lei Cidade Limpa), após a privatização da CMTC, começa a reinstalar a rede aérea entre a parada Afonso Braz e o Metrô Santa Cruz. 

1999 – No final do ano e em data incerta (provavelmente um sábado, já que a Prefeitura até hoje sempre faz anúncios de mudanças de linhas ou de obras neste dia), a promessa de voltar com os trólebus no Metrô Santa Cruz finalmente é cumprida quando a Eletrobus se interessa pela operação da linha 577U, que ia até o Butantã, nos arredores da USP. Nesta época, a Eletrobus disputava com a Transbraçal na Rua Augusta, na Av. Cidade Jardim e no Jockey Clube, operando as linhas 207U Term. Aricanduva e 307U Tatuapé-CERET. Segundo Renato Lobo do portal Via Trólebus numa comunidade do falecido Orkut, a 577U operava nesta época com 10 veículos de prefixos 68 7719 ao 68 7728 (Marcopolo Torino GV Scania BR-116 e tração Powertronics IGBT).

Foto: Jorge Françozo de Moraes

2000 – No dia 8 de abril, começa a operar a variante da 577U (código 41), que ia até Pinheiros e com cinco veículos que antes tinham a propaganda do Baby (68 7761 ao 68 7766). Mas a situação se inverte em pouco tempo: foi ampliada a frota para Pinheiros e poucos trólebus iam de fato até Butantã.

2001 – Tudo indica que nesta época, a Eletrobus estava sob nova direção (e a Prefeitura também, ou seja, mais um governo petista querendo mostrar sua ganância, tanto no SPTV quanto na Folha de S. Paulo). A frota já não estava mais padronizada como antigamente, com os trólebus de pintura comemorativa dos 50 anos sendo vistos nas linhas da Zona Leste e na 4112 Santa Margarida Maria – Praça da República (ao invés da tradicional 408A Machado de Assis – Cardoso de Almeida), os Volvo série 79 e os adesivados Circular Central sendo vistos em outras linhas fora do centro. Na 577U, além dos Circular Central, até o Marcofersa 68 7811 chegou a ser visto operando na linha! E eu cheguei a ver com meus próprios olhos, já que morava perto da 577U, que naquela ocasião passou definitivamente a ir até Pinheiros no dia 1º de outubro. Nesta época, os dois trólebus articulados 8000 e 8001 não operavam, devido ao fato de terem sido veículos exclusivos para testes no Fura-Fila.

2002 – Este ano marca como o início do fim. Mais do que nunca, já que a Martaxa estava desenvolvendo o sistema Interligado junto com o Carlos Zarattini (PT). Inicialmente, o sistema Interligado seria um híbrido de Municipalizado (criado pela senhora Erundina) com o próprio Interligado, já que foram criadas 8 áreas de atuação. A Eletrobus deixa de operar e entra no lugar o Consórcio Aricanduva, que também tomou o lugar da Viação Cidade Tiradentes. Na linha 577U, os veículos série 77 eram vistos com o prefixo 410, posteriormente como 468. Mas a cartada final é dada no dia 27 de setembro, quando a 577U é cancelada para dar lugar no dia seguinte à 6345 Terminal Parque Dom Pedro II – Metrô Santa Cruz (Circular), operando com os série 79 com portas elevadas a esquerda (Marcopolo Torino GV Volvo B58, tração Powertronics). A linha fazia um trajeto bem diferente: fazia o mesmo trajeto da 2002 até o Terminal Bandeira, depois pegava o Corredor 9 de Julho, parando na mesma plataforma das linhas 6500 e 637P (e também dos biarticulados da Campo Belo / Transkuba nas linhas 6450 e 6451), e por fim fazendo o mesmo trajeto da 577U até o Metrô Santa Cruz, quando voltava com o procedimento de sem esvaziar passageiros, como faz até hoje a 2002.


2003 – Mais uma vez, a Garagem do Tatuapé ganha uma nova empresa, a Viação Capital. E a frota elétrica que estava despadronizada, é despadronizada cada vez mais, quando são vistos mais trólebus série 79 na linha 6345, vários deles sem portas a esquerda (os de prefixo 468 7920 a 468 7936). O impensável ocorre quando o sistema Interligado é criado limitando a livre concorrência para 40 empresas de ônibus (sendo parte delas cooperativas), e então a linha 6345 é extinta. Pensa que acabou? A Martaxa ainda mandou retirar a rede aérea em prol da construção do corredor de ônibus na Av. Ibirapuera, que era para ter sido construído junto com o Corredor Itapecerica – João Dias (inaugurado em 2000). Era declarado a guerra aos especialistas em eletromobilidade. Em setembro, as linhas 6500 e 637P tiveram os trólebus retirados totalmente de circulação, e no dia 20/12/2003, Martaxa e o secretário de transportes J.T. (apenas uma abreviatura) fizeram outro absurdo: a retirada dos trólebus dos bairros de Pinheiros e Butantã.

OBS: Tirei o link do SPTV porque o canal original do FilmesVHS saiu do ar no YouTube por culpa possivelmente da Globo Lixo, de acordo com Danilo Rodrigues (Pedro Janov) em seu Twitter. É inadmissível esta emissora continuar prestando um desserviço a sociedade, mas pelo menos salvei o print do 468 7909 com o letreiro da 6345. O vídeo original (bem como outros do SPTV mostrando os ônibus em ação) eu tenho ainda, mas não sei se vou repostar porque esta emissora fica ferrando a vida não apenas de conservadores e liberais, mas de internautas que querem preservar a memória da TV brasileira e mostrar que a Globo (que na época não era o lixo total de hoje) tinha outra cara nos anos 80, 90 e 2000.

Dúvidas? Responda aqui nos comentários. Ainda em 2021, você terá mais postagens detalhando o passado e o presente do sistema trólebus não só em São Paulo, mas também no Corredor ABD e em Santos. Não tenho tempo pra mais nada. Tchau!