Bem, esta é a última vez que eu estou comentando sobre a Loading aqui no meu blog, e talvez a primeira que eu estou comentando sobre a TV Jovem Pan. Meu sonho era que com o Tutinha comprando a Loading, o Pânico voltasse com sua versão humorística na sua emissora original, com quadros engraçados, memes, brincadeiras e uma nova geração de Panicats, nascidas na Geração Z entre 1996 e 2003! (pra quem não sabe, a Wendy Tavares foi a única panicat a nascer nesta geração, em 31/03/1995, e foi também a última do Pânico na Band) Pois bem, isso ainda é um sonho, que vai se concretizar em breve (se depender da rapidez, porque 2022 não vai deixar barato para ninguém).
Desta vez, vamos narrar os fatos da Loading em uma cronologia curta. Esta é a cronologia do Fura-Fila da televisão brasileira:
7 de dezembro, 20h: Nasce a Loading, após ficar alguns dias em caráter experimental. O primeiro programa, como todos sabem, foi o Multiverso (já expliquei aqui no blog).
8 de dezembro, 10h30: Os Power Rangers voltam a TV brasileira com a temporada Beast Morphers, mas depois de um tempo reprisando até abril de 2021, ele é substituído pela temporada Megaforce, que sequer exibiu os últimos episódios (e apareceria os Rangers das temporadas Zordon, Pós-Zordon, Disney e Saban).
11 de dezembro, em algum horário da tarde: A equipe do programa MetaGaming, depois de apelar para a lacração e tentar ser o CQC dos videogames, é demitida pela Kalunga não só pela crítica ao Caso Sparda, mas por discutir feminismo e criticar a própria Loading. Como todos sabem, esta equipe do programa era vinda da Globo, mais principalmente do SporTV, uma espécie de Sônia Abrão dos esportes e que trouxe o Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL) para a TV. E pode ter certeza: alguns da equipe votaram em Guilherme Boulos do PSOL, acreditando que ele seria o Messias de São Paulo; graças a Deus, ao João Doria, a minha querida Ieda Oliveira da Eletra (certamente o Boulos iria tirar os trólebus de circulação para colocar ônibus a bateria da BYD/China no lugar) e ao presidente Jair Bolsonaro, Boulos perdeu a eleição para o agora saudoso Bruno Covas (1980-2021).
12 de dezembro: Daniel Castro e sua equipe resolvem inventar fake news a respeito das medidas de distanciamento social e higienização nos estúdios da Loading. Deixa ele, não tem nem o que dizer.
Fevereiro de 2021: Pela primeira vez, a Loading exibe um torneio esportivo: a Liga Brasileira de Free Fire, que graças a Deus não caiu nas mãos da Globo Lixo. BOOYAH!!!!!! Depois foi a vez do Camplota e dos torneios de PUBG Mobile.
Março de 2021: Anunciada a fase 2, que prometia novos programas. Porém, a fase 2 ficou apenas na estreia de animes da Crunchyroll/Funimation e na mudança da programação, com o Multiverso invertendo o horário com o Game Shark, Mais Geek no horário nobre e exibindo animes, e a estreia do sucessor do MetaGaming: Esquenta MVP.
Abril de 2021: O TV Pop inventa um boato (perdi o link, já que deve ter saído do ar) de que a Igreja Universal do Reino da Viacom, dirigida pelo Robert Bakish (Edir Macedo) estaria arrendando duas horas da programação da Loading. Alessandro pensou: “vão exibir um clone do Cidade Alerta no canal dedicado a animes, games e cultura pop?”. Ainda bem que tudo não passou de boato.
27 de maio, entre 8h e 18h: Ninguém sabia o que iria acontecer depois, mas os programas Maratoon, Game Shark, Algoritmo e Mega Crush passaram normalmente. Ainda tinha intervalos comerciais antes, durante e depois da exibição dos programas. No entanto, os últimos 20 episódios de Power Rangers Megaforce (temporada Super Megaforce) vão para a gaveta de vez e seriam os mais épicos, inéditos na TV aberta.
27 de maio, 18h: O início do Apocalipse para o canal Loading. O sinal é cortado por dez minutos, e depois, a Loading ativa o modo HBO de intervalos comerciais (apenas exibindo um híbrido de vinheta e comercial da Cacau Show e esporadicamente o comercial da Razer Gold entre as chamadas) e reprisa a programação do mesmo dia, sem exibir intervalos comerciais durante a exibição dos animes e desenhos.
27 de maio, 19h: Após os telespectadores não entenderem nada, sai uma nota no site NaTelinha e posteriormente no Notícias da TV, que a Loading encerrou a produção de seus programas e que a Kalunga ficou “de saco cheio”. Porém, usuários do Twitter vão além: a Kalunga estaria vendendo a emissora para a Jovem Pan, ou arrendando a emissora para a Igreja Universal do Reino da Viacom (duvido que o Valdemiro Santiago volte no sinal DIGITAL, já está na Ideal TV, na parabólica analógica).
28 de maio, 9 da manhã: É exibido os melhores momentos da LBFF (durando até as 14h), mas com cortes, semelhante ao que a Band faz com os filmes da sessão Cine Ação, exibido nas noites de domingo quando a NBA inicia sua exibição as 23h.
29 de maio, meia-noite: Flávio Ricco confirma no portal R7 que a Jovem Pan vai entrar no lugar da Loading. Mas tudo pode virar do contrário caso o bispo Robert Bakish arrende a emissora, e poderemos nem ter o sonho de ter a versão humorística do Pânico (exibido na RedeTV! entre 2003 e 2012, e na Band entre 01/04/2012 até 31/12/2017) de volta (este sonho vai pro brejo no dia 10 de junho, e posteriormente no dia 20 de agosto).
30 de maio, de manhã: a última programação inédita do canal Loading, com a final da Free Fire World Series em Cingapura e na sequência episódios inéditos de Gundam 00.
1º de junho: A Loading perde todos os anunciantes, em preparativos para ser vendida para a Jovem Pan, mais do que nunca, ativando o modo HBO de intervalos comerciais. Agora sua programação é composta por uma maratona de animes e reprises da LBFF e dos torneios de PUBG Mobile.
7 de junho: Antes da exibição de um anime (Saint Seiya, Cardcaptor Sakura ou qualquer outro da Crunchyroll), o De Olho no Mundo ganha mais espaço com boletins ao longo da programação. Na hora que eu vi, pensava que a Loading tinha me dado o maior susto e que a Ideal TV tinha voltado ao ar.
10 de junho, meia-noite: Flávio Ricco anuncia que a negociação entre Jovem Pan e Kalunga fracassou de vez (ou será que não?). O apocalipse é decretado a partir daí.
10 de junho, 9 da manhã: Os fãs da emissora 171 chamada Mult TV, que se for ao ar será uma NGT da vida, dizem que o canal entrará no lugar da Loading em outubro de 2021 (o cara ainda faz festa virtual com isso, abusando de pontos de exclamação), tendo como proprietário nada mais nada menos que Lulinha, o antigo proprietário da PlayTV, e que a Jovem Pan entrará no lugar da RBI no canal 16 (!!!!!!!!!!). Nem é preciso dizer que é tudo mentira: os caras responsáveis pela Mult TV já mentem demais com o nariz maior que o Pinóquio e prometeram exibir séries da FOX, Disney, Universal Pictures, Warner, tokusatsus como Black Kamen Rider e até novelas da Globo Lixo e da Record. Além disso, só acredito na volta da PlayTV caso o Luladrão seja eleito em 2022, podendo ser inclusive pela TV paga ou no lugar da Globo (como todos sabem, a concessão da maior emissora do país expira em pleno período eleitoral e Bolsonaro não vai renovar graças ao seu sensacionalismo antes e durante a pandemia, de ter manipulado os resultados das eleições municipais de 2020 [favorecendo a extrema-esquerda principalmente em São Paulo, Porto Alegre e Belém, onde na capital do Pará conseguiram eleger um fanático comunista] e dos BBBs 20 e 21 e ter aberto espaço demais para o erotismo e a bandidagem, tratando um bandido como se fosse herói nacional e o policial como o maior vilão do mundo). No canal 16 aqui em São Paulo, é a Mega TV (não confundir com o Canal Mega, essa sim é fictícia e não mente pra ninguém) e acho que o Di Gênio não vai abrir mão de copiar o Shop Tour do Luiz Galebe por mais e mais anos.
18 de junho: O fim da era Crunchyroll na Loading. Agora sua programação se resume a dois animes (Saint Seiya: The Lost Canvas e Cardcaptor Sakura), filmes, novelas coreanas, desenhos da Hasbro e o Power Rangers (que pensava que tinha saído da grade, mas continuou), além de reprises da LBFF. A partir daí, o canal chega mais perto de sua morte anunciada. Enquanto isso, o Mais Geek volta ao ar no YouTube, apagando todos os resquícios remanescentes da Loading, inclusive a arte gráfica. Apesar da saída dos animes, a Crunchyroll segue anunciando por lá.
24 de junho: Flávio Ricco anuncia que a CNN Brasil está em negociações com a Loading. Realmente, não sei o que pensar: enquanto a Jovem Pan faz um jornalismo de direita, aprovado por boa parte da população brasileira, a CNN faz um jornalismo de centro-esquerda, com o selo de aprovação de Joe Biden, do Professor Vodca (Ciro Gomes) e da Rede Sustentabilidade (que sempre foi contra a operação dos trólebus em São Paulo, planejando sua substituição por ônibus elétrico a bateria da China e a gás natural, e quase filiou a Martaxa ao partido). Nos últimos dias, o jornalista Tiago Américo do próprio canal quase foi atacado por manifestantes comunistas no maldito dia 19 de junho; os conservadores não gostaram pelo fato do jornalista dizer que a manifestação foi “pacífica” e levantaram a hashtag #CNNLixo, e de acordo com a PAYWALL DE S. PAULO e o PSOL = Partido Socialista Ordinário do Lúcifer, a história não passou de fake news, negando qualquer forma de ataque ao jornalista. Maldita esquerda filha da mãe! P.S.: Agora a CNN está fazendo campanha contra o presidente, depois que Bolsonaro não quis falar da Covaxin (e não pode falar mesmo).
6 de julho: Finalmente, a Jovem Pan compra o sinal da Loading, ou seja: os animes, novelas coreanas e filmes ficarão na geladeira a partir de setembro, até a Rede Brasil se interessar em exibi-los de novo. Nova temporada da LBFF? Só no YouTube, infelizmente. Já os Power Rangers e os desenhos da Hasbro poderiam ir para a Record, fazendo companhia com o Pica-Pau e o Todo Mundo Odeia o Chris, visto que já foram defenestrados da Band, que a partir de 2022 vira de vez o Canal do Esporte (vale lembrar que a emissora do Saad, além de colocar um fim no RR Soares, quer acabar com o MasterChef – ou seja, no ano que vem, volta ao ar a Faixa Nobre do Esporte, exibido com sucesso nos anos 90. Ou nem isso).
7 de julho: A conta oficial do Twitter é apagada – além disso, a transmissão ao vivo pela internet é definitivamente suspensa. Enquanto isso, o Multiverso dá uma de Tourettes Guy e xinga nosso presidente Jair Bolsonaro, Fábio Faria, a Jovem Pan e seus jornalistas com todos os tipos de palavrões. Flávio Ricco anuncia que a Jovem Pan definitivamente entrará no lugar, decretando dessa vez o fim da Loading.
13 de julho: Mais uma vez, a Justiça enche o saco dos grupos Abril, Spring e Kalunga, e tenta tirar a Loading do ar na próxima semana, caso o julgamento sobre a cassação da concessão seja efetivada pelos juízes do Tribunal Regional Federal. Uma vergonha o sistema judicial brasileiro! Embora façam coisas boas, também fazem coisas ruins...
22 de julho: Respiro de alívio... desta vez, a Justiça deixa a Abril em paz, abrindo caminho para a Jovem Pan estrear no lugar da Loading.
23 e 29 de julho: A derrocada definitiva da Loading. Em uma semana, deixam de ser exibidas todas as séries ocidentais, reprises da LBFF e novelas coreanas (doramas), sobrando apenas o mínimo: Cardcaptor Sakura, Saint Seiya: Lost Canvas e De Olho no Mundo. Dias depois, Black Clover volta ao ar.
20 de agosto: O fim do canal Loading, após a Justiça dar sua cartada final e optar de forma definitiva pela cassação da concessão. Ou seja: não tem Jovem Pan, realmente. É capaz de uma emissora religiosa (provavelmente do apóstolo Valdemiro Santiago) ou até mesmo a CNN Brasil entrar no lugar. E tem o detalhe que não pode nem mais recorrer a Brasília, ou seja: o sonho de todo otaku morrerá a qualquer momento, quando seus transmissores serão desligados em definitivo por agentes da Anatel.
Bem, este foi a cronologia do canal Loading. Fico por aqui. Tudo bem? Até lá!
